O câncer da pele é o câncer mais comum entre os brasileiros, representando 33% de todos os diagnósticos da doença. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano no país. A explicação para os altos índices da doença entre os brasileiros é o fato de vivermos em um país tropical, em que a incidência solar se estende praticamente o ano todo. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.
Como se forma?
A doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Essas células se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. A radiação ultravioleta é o principal fator causador de tumores cutâneos, pois causa a mutação nas células.
Quais são os tipos de câncer de pele e os seus sintomas?
- Carcinoma basocelular (CBC): o mais prevalente dentre todos os tipos. Tem baixa letalidade e pode ser curado em caso de detecção precoce. Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Costuma se apresentar como uma pápula vermelha, brilhosa, com uma crosta central, que pode sangrar com facilidade.
- Carcinoma espinocelular (CEC):
segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. O CEC pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, mas também tem maior ocorrência nas partes expostas ao sol. Pode ocorrer também nas feridas e cicatrizes antigas, nas áreas da pele que foram expostas à radiação ionizante e agentes químicos e nos indivíduos imunodeprimidos. Tem coloração avermelhada e pode se parecer com uma verruga ou uma ferida espessa e descamativa, que não cicatriza. - Melanoma: Trata-se de um tipo de câncer de pele mais raro e que tem o maior índice de mortalidade devido sua habilidade de se espalhar a outros órgãos. Apesar disso, as chances de cura são de mais de 90%, quando detectado precocemente. Geralmente o melanoma surge em qualquer lugar da pele como uma nova pinta escura ou, mais raramente, a partir da alteração de uma lesão preexistente. Pode apresentar vários tons numa mesma lesão de castanho a preto, ser assimétrico na forma, ter contornos irregulares e raramente ter escamação, coceira ou sangramento.
Quais são os principais fatores de risco?
- Exposição prolongada e repetida ao sol sem proteção;
- História familiar de câncer de pele;
- Já ter tido um câncer de pele;
- Pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
- Idade acima de 65 anos.
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico é feito através do exame clínico e realização de biópsia com anatomopatológico. A maior parte dos cânceres de pele dos tipos basocelular e espinocelular são tratados por meio da remoção cirúrgica da lesão. As alternativas utilizadas à cirurgia ou concomitante a ela, principalmente nos casos avançados, incluem terapia local, radioterapia, terapia-alvo, quimioterapia e imunoterapia.
Como evitar?
- Evitar exposição excessiva à luz solar, principalmente entre as 09 e 15hs;
- Utilizar filtro solar diariamente com proteção contra radiação UVA e UVB além de fator de proteção solar (FPS), no mínimo, 30. Reaplicar o produto a cada 2 horas se houver exposição ao ar livre;
- Utilizar chapéu, óculos escuros, camisetas com mangas compridas e calças;
- Em caso de suspeita, procure um médico dermatologista.